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domingo, 15 de maio de 2011

VII. TRANSGÊNICOS



Não engula os “alimentos frankenstein”! Os transgênicos são plantas ou animais produzidos em laboratório, a partir de genes (material genético) de diferentes espécies animais e vegetais e de microorganismos. A alteração genética é feita para torná-los mais resistentes e, com isso, aumentar a produtividade de plantações e criações. Os transgênicos já são utilizados em vários países, inclusive no Brasil. Mas ainda não existem pesquisas apropriadas para avaliar as conseqüências de sua utilização para a saúde humana e para o meio ambiente. 
Pesquisas recentes, na Inglaterra, revelaram aumento de alergias com o consumo de soja transgênica. Os transgênicos podem reduzir ou anular os efeitos dos antibióticos no organismo e, como conseqüência, impedir o tratamento e agravar doenças infecciosas. Alergias alimentares também podem ocorrer, pois o organismo pode reagir da mesma forma que diante de qualquer toxina. Outros efeitos a longo prazo poderão ocorrer, inclusive o câncer.

Em alguns alimentos, a alteração genética poderá aumentar a resistência a agrotóxicos, levando ao uso de doses maiores de pesticida. As pragas, que se alimentam da planta transgênica, também podem adquirir resistência. Para combatê-las, seriam usadas doses ainda maiores de veneno, provocando uma reação em cadeia desastrosa para o meio ambiente e para a saúde dos consumidores.
O pior é que não dá para ver a diferença entre o alimento natural e o transgênico. Um protocolo de biossegurança internacional, assinado em janeiro de 2000, por vários países, permite que qualquer país rejeite uma importação por motivo de precaução. O país exportador é obrigado a colocar no rótulo dos alimentos transgênicos os dizeres “pode conter transgênico”.
No Brasil, os PROCON (procuradorias do consumidor nos estados), estão pressionando o governo para adotar a obrigatoriedade do rótulo com a inscrição “este produto tem transgênico” nos importados. Por decisão judicial, o plantio e a importação de sementes de transgênicos estão proibidos no país. Mas o governo federal declarou na mídia, em junho de 2000, que “ainda não existem leis, no país, que proíbam a importação e o comércio de alimentos transgênicos, nem que obriguem a sua menção nos rótulos das embalagens”.
O governo prefere ceder às pressões de seus parceiros comerciais, a cumprir o Código de Defesa do Consumidor. No Senado, tramita projeto de lei que proíbe os transgênicos no país. Enquanto isso, eles estão, impunemente, nas prateleiras dos mercados junto a alimentos tradicionais. O IDEC (Instituto de Defesa do Consumidor) de São Paulo e o grupo ambientalista Greenpeace fizeram uma pesquisa em junho de 2000. Dentre os lotes estudados, os seguintes produtos apresentavam diferentes concentrações da soja transgência (Roundup Ready): leite Nestogeno com soja, batata frita Pringles (importada), salsicha Swift, sopa Knorr, macarrão Ajinomoto (cup noodles), cereal Shake Diet, biscoitos sabor bacon Bac’os, leite de soja Prosobee, Soymilk e Suprasoy e biscoitos de bacon Mccormick.
Ainda não existem dados disponíveis para avaliar as consequências reais do uso de transgênicos.

Fique atento, em especial com alimentos importados dos EUA, Argentina e Canadá, onde são produzidos transgênicos em grande escala. Leites e derivados à base de soja, produtos industrializados à base de milho, especialmente os importados, podem conter transgênicos.
Temos que lutar por uma produção agrícola livre de agrotóxicos e de transgênicos, protegendo o homem que produz, o meio ambiente e a população consumidora.

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