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domingo, 15 de maio de 2011

RRR: AS TRÊS LETRAS QUE PODEM SALVAR A NATUREZA
Renato Pompeu


O Brasil e o mundo produzem diariamente verdadeiras cordilheiras de lixo. Segundo as estatísticas ambientais, cada habitante do país joga no lixo em média um quilo de resíduos a cada dia, o que representa perto de 180 mil toneladas. E só 10 por cento dos mais de 5 mil municípios brasileiros dispõem de aterros sanitários e uma proporção ainda menor conta com usinas de tratamento e purificação; na esmagadora maioria dos casos toda essa sujeira vai parar em lixões a céu aberto, com substâncias tóxicas que, atingindo diretamente as populações vizinhas, são levadas pelos rios e córregos e pelos ventos a regiões distantes, afetando praticamente todos os habitantes do país.

Para combater essa situação, os ecologistas propõem os 3Rs, ou RRR, mas não são Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo, como na Seleção pentacampeã mundial de 2002, e sim representam as palavras Reduzir, Reciclar e Reutilizar.

REDUZIR
Os restos de comida, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, constituem metade do lixo doméstico. Assim, basta reduzir o desperdício de alimentos nos lares brasileiros para não só diminuir drasticamente o volume de lixo, como também disponibilizar comida para os mais carentes, os desnutridos e famintos. Também as embalagens constituem perto de 45% do lixo nas cidades maiores, e aqui igualmente caberia uma redução significativa, se os estabelecimentos comerciais voltassem a utilizar vasilhames retornáveis e a vender a granel alimentos e outros artigos, conforme ainda ocorre em muitas feiras-livres.

RECICLAR
Como já acontece com os papéis e as garrafas de plástico PET, além de objetos de madeira e metal, é possível, com procedimentos técnicos de transformação, reaproveitar grande parte dos materiais hoje descartados. Convém notar que existe, principalmente em países europeus, o “fair trade” (“comércio justo”) que são redes de consumidores que utilizam, por exemplo, só papéis reciclados, ainda que eles sejam mais caros.

REUTILIZAR
Além dos vasilhames retornáveis, a reutilização envolve pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes, que, quando já usadas, não devem ser jogadas no lixo, inclusive por conterem substâncias altamente tóxicas, e sim devolvidas aos pontos de venda, que se encarregarão de encaminhá-las aos fabricantes, que poderão utilizar pelo menos parte de seus componentes.

Prefira, entre produtos semelhantes:
• Embalagens menores
• Garrafas retornáveis
• Produtos marcados como recicláveis
• Pilhas e baterias recarregáveis
• Eletrodomésticos e eletroeletrônicos com prazo maior de garantia
• Lâmpadas fluorescentes


Aproveite
• Os restos orgânicos de seu lixo para fazer adubos para vasos, jardim, horta e pomar (veja o quadro).
• Verifique pelo menos uma vez por semana a calibragem dos pneus do seu carro.
• Reutilizando os restos de comida.

Texto divulgado pela EPA – Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos. Adaptado.
Veja como diminuir a produção de lixo
  • Entre dois produtos similares, escolha o que tiver embalagem menor. Garrafas retornáveis são preferíveis às descartáveis. Verifique se os produtos têm o símbolo de reciclável na embalagem:
  • Prefira pilhas e baterias recarregáveis: elas são mais econômicas e poluem menos.
  • Escolha eletrodomésticos com garantia mais longa, pois são mais duráveis.
  • Para prolongar a vida útil de pneus, calibre-os semanalmente.
  • Prefira as lâmpadas fluorescentes: elas duram mais e consomem menos energia.
  • Aproveite o lixo orgânico da sua casa para fazer um ótimo adubo para horta, jardim e vasos (veja como fazer isso no quadro).
  • Explique aos seus familiares, vizinhos e colegas de trabalho a importância de diminuir a quantidade de lixo e de separar os resíduos recicláveis.

O lixo orgânico pode virar adubo
Basta ter um pequeno pedaço de quintal ou jardim para reaproveitar como adubo os restos de comida, evitando assim atrair os insetos e roedores tão indesejáveis.
Veja como é simples:
1) Um trecho de terra nua de um metro quadrado já é o suficiente. O primeiro passo é erguer uma cerca nos quatro lados, até um metro de altura, com ripas de madeira, telas de plástico ou arame.
 
3) O terceiro passo é colocar lixo úmido, como restos de comida, papel molhado, esterco. Não ponha carne, que atrai insetos e roedores. 
5) A cada semana, remexa as camadas que já estão colocadas, antes de pôr sobre elas outras camadas.

2) O segundo passo é forrar uma camada de dez centímetros de altura com lixo bem seco, como pão duro, pó de café já passado, folhas secas, galhos secos.

 
4) A cada camada que se despejar de lixo úmido, deve-se pôr em cima uma camada de lixo seco, como a utilizada no início

 
6) A cada mês e meio, retire a mistura das camadas inferiores, que já poderá ser usada como adubo, no jardim, na horta ou no pomar.
 

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