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domingo, 15 de maio de 2011

O que agride a natureza, agride o homem


O homem é o único animal que modifica a natureza, muitas vezes de forma irreversível. Faz isso desde que aprendeu a construir sua casa, cultivar os alimentos, domesticar os animais e explorar os minerais. A sociedade moderna intensifica de forma tão alarmante este processo, que compromete a vida no planeta. O objetivo? Aumentar o lucro capitalista.
A revolução industrial acelerou a degradação da natureza, com o uso de combustíveis fósseis (inicialmente carvão, hoje petróleo e gás). O crescimento das áreas cultivadas e a extração mineral destruíram vegetações nativas e florestas. Em conseqüência, os rios foram afetados, com redução do seu volume e da qualidade de suas águas. Inúmeras espécies animais e vegetais foram extintas.
Muitas áreas são destruídas em nome da urbanização e do crescimento. A Praia Formosa foi completamente aterrada. É lá que se encontra, hoje, a Rodoviária Novo Rio e a foz do Canal do Mangue (um dos pontos mais poluídos da Baía de Guanabara).
Outro exemplo é o aterro da orla marítima desde o Caju até Botafogo. Ele destruiu o Saco São Diogo, as enseadas da Gamboa, Saúde, Valongo, Valonguinho, Prainha (Praça Mauá), Glória e todas as praias desse trecho de litoral. A remoção do Morro do Castelo e o aterro do arquipélago que hoje forma a Ilha do Fundão, são mais duas intervenções urbanísticas desastrosas.

Hoje existe uma crescente tomada de consciência ecológica e uma legislação ambiental. Em algumas regiões, a destruição vem sendo interrompida ou mesmo revertida, a exemplo da Restinga da Marambaia e de outras áreas de proteção ambiental, na cidade do Rio de Janeiro.

Mas os interesses econômicos continuam estimulando muitas agressões ao meio ambiente, com a conivência dos órgãos públicos e muitas vezes dos meios de comunicação. É o caso da progressiva poluição da Baía de Guanabara.
Hoje sabemos que as substâncias descartadas, que poluem o meio ambiente, são matérias-primas e energia desperdiçadas. A reciclagem ganha espaço. Processos industriais limpos - que usam filtros para evitar a poluição atmosférica, por exemplo - podem até significar economia para as empresas.
A saúde do planeta depende de uma mudança de mentalidade. Devemos exigir investimentos na prevenção de acidentes e em tecnologias para utilização racional de energia e água e para redução do descarte de efluentes.

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