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sábado, 7 de maio de 2011

O lixo como fonte de renda


A reciclagem não é novidade na América Latina. Até onde é possível lembrar, os mais pobres dos pobres ganham a vida precariamente catando lixo nos depósitos de lixo durante o dia e nas ruas à noite, em busca de qualquer coisa que possa ser vendida. Muitos desses catadores de lixo são crianças e em alguns locais famílias inteiras vivem nos aterros sanitários, dividindo os dejetos da cidade com os urubus e os ratos.
Mas, nos últimos anos, em muitos países da América Latina estabeleceram-se programas organizados de reciclagem. Alguns deles visam beneficiar os catadores de lixo que há muito vasculham aterros sanitários. Outros foram criados em resposta a campanhas educativas organizadas por grupos ambientalistas locais e internacionais. Os mais bem-sucedidos combinam objetivos ambientais com os retornos econômicos essenciais para tornar um programa verdadeiramente sustentável.
Os programas vão de pequenos projetos comunitários a empreendimentos industriais de grande escala.
A reciclagem no Brasil, como quase tudo o mais nesse país, está ocorrendo em grande escala. Considere-se o exemplo de Fortaleza, capital do estado nordestino do Ceará. Cerca de 1.000 pessoas, entre elas 300 crianças, viviam antes do que conseguiam catar no enorme depósito de lixo de Jangurussu, nos arredores desta cidade de 2 milhões de habitantes. Eles faziam uma triagem completa do lixo, com as mãos desprotegidas, separando plásticos, vidros, metais e madeira para revenda. Os caminhões despejavam lixo no aterro sanitário dia e noite. O trabalho era difícil e muitas vezes perigoso, sobretudo à noite, quando as crianças podiam não ser vistas e eram atropeladas pelos caminhões. (comparar com slg)

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